Estar com outras pessoas me desestressa; seja quando recebo
amigos em casa, seja quando os encontro num barzinho. Pra mim, casa boa é casa
cheia. Quando casei, fiz a lista de presentes com essa perspectiva. Champanheira,
taças de todos os tamanhos, copo pra isso, copo pra aquilo, baixelas de servir
não poderiam ficar de fora. E não ficaram.
Os excessos, porém, começaram a saltar aos meus
recém-minimalistas olhos. O destralhe
começou timidamente, uma vez que a maioria das coisas tinha valor sentimental. Por
um lado, sentíamos gratidão por aqueles presentes, que nos foram dados com
tanto carinho. Por outro, a maioria jazia nos armários, sem uso e ocupando
espaço, enquanto poderia ser útil a outras pessoas.
Ganhei confiança e me desfiz de cerca de 70% dos objetos. Alguns
não foram usados sequer uma vez em três anos (a champanheira, por exemplo)! Nossa
cozinha minimalista ainda ganhará um post mais detalhado pra chamar de seu, mas,
por enquanto, registro que, de vinte e quatro taças, ficaram sete (eram oito; uma
quebrou). Uma amiga chegou a comentar que não sabia como recebíamos tão bem,
com tão poucas louças e utensílios.
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